quarta-feira, 1 de junho de 2016

MAGNETISMO E CURA


Por Nelson Moraes

Segundo Franz Anton Mesmer (1733-1815), médico austríaco, todo ser vivo seria dotado de um fluido magnético capaz de se transmitir a outros indivíduos, estabelecendo-se, assim, influências psicossomáticas recíprocas, inclusive com fins terapêuticos. Como utilizar essa força? Como podemos desenvolvê-la e aprimorá-la?
A capacidade de curar através do magnetismo com a imposição das mãos, pode ser desenvolvida através da fé em si mesmo e de uma vontade vigorosa desejando a cura do enfermo.

É evidente que dificilmente o interessado em desenvolvê-la será bem sucedido nas primeiras tentativas, mas no exercício contínuo acabará logrando um grande éxito ou um êxito relativo. Qualquer um pode exercitar essa prática, mas devo ressaltar que o sucesso quase sempre consagra as pessoas que nutrem bons sentimentos.
Vamos tomar como exemplo as benzedeiras, as quais herdaram de algum familiar uma oração "especial" para combater o quebranto, a erisipela, o mal de lombrigas, bucho virado, mal de aguado e outros.
Observamos nessa prática uma grande eficácia, estabelecendo a cura desses males logo após o atendimento.
Quem de nós, principalmente os mais antigos, não viu uma criança quebrantada ou sofrendo ataque de lombrigas, pois é, não fora as benzedeiras o que seria dessas crianças? Os médicos nada podiam e ainda nada podem contra esses males que atingem principalmente as crianças e os recém-nascidos.
Onde está a força das benzedeiras? Nas orações que aprenderam?
É evidente que não. Não existem orações mágicas. Embora a fé que a pessoa possui na oração contribua para o que pretende, não é dela que: emana os recursos da cura, mas sim do seu magnetismo, liberado no momento em que ora preocupada em socorrer aqueles que a procuram.
O magnetismo de cura não depende de gestos específicos, mas de uma vigorosa vontade, não podemos pegá-lo com as mãos para jogá-lo sobre alguém, ele emana de nós através de um olhar, de um pensamento, o qual pode atravessar distâncias incomensuráveis, promovendo o bem estar e até a cura da pessoa para quem o pensamento foi direcionado. Não depende de nenhuma técnica e muito menos de movimentos especiais para aplicá-lo, basta desejar sinceramente a cura do enfermo para que o magnetismo comece a emanar na sua direção.
Como disse um espírito a Kardec: o magnetismo depende do caráter de quem o emana.
Existe magnetismo de ódio, de mágoa, de inveja, de cobiça, de egoísmo e de amor, enfim, o magnetismo tem as características dos sentimento de quem o irradia.

Na Rússia foram feitas muitas experiências em torno dessa força invisível e dos seus efeitos no meio e nas pessoas, inclusive nos animais e nas plantas.
Uma delas foi realizada para apurar a influência das pessoas sobre as plantas.
Essa experiência se constituiu da seguinte forma: colocaram sobre uma mesa no centro de uma redoma de vidro uma planta na qual conectaram alguns instrumentos sensíveis à qualquer alteração na movimentação da seiva e na estrutura do vegetal.
No dia seguinte, os instrumentos não haviam registrado nenhuma alteração extraordinária, a não ser as oscilações normais. O cientista que comandava a experiência, mandou colocar catorze cadeiras em torno da mesa onde estava a planta, depois mandou que entrassem alguns funcionários do laboratório para ocupar as cadeiras. Fechou a porta e ali ficaram durante duas horas. Nenhuma alteração foi registrada pelos instrumentos, então mandou esvaziar a redoma e chamou um cientista que há mais de vinte anos incinerava plantas para estudá-las. No momento em que esse cientista entrou na redoma, os instrumentos registraram uma alteração no fluxo da seiva, como se a planta tivesse sido acometida de uma síncope.
O que ocorreu naquele momento? Porque a planta se ressentiu daquela presença?
Aquela presença para ela significava risco de morte, o magnetismo daquele cientista que passou quase uma vida incinerando plantas, abalou a sua estrutura.
Com essa experiência podemos entender que também o que praticamos reflete no teor do nosso magnetismo.
A capacidade de curar pode ser alcançada com muita vontade, determinação e a disposição para aprimorar os sentimentos. Para isso precisamos desenvolver nossas capacidades que estão latentes aguardando a nossa boa vontade.
Jesus disse: Pois em verdade vos digo, se tivésseis a fé do tamanho de um grão de mostarda, diríeis a esta montanha: Transporta-te daí para ali e ela se transportaria, e nada vos seria impossível. (S. Mateus, cap. XVII, vV. 14 a 20.)
Veja que Jesus se refere à fé na nossa capacidade. Ele não diz para pedirmos a Deus para mover a montanha, mas sim ordenar para que seja feito segundo a nossa vontade. Infelizmente a nossa cultura religiosa só nos ensinou a pedir e a pedir, como se nossa evolução dependesse dos favores divinos.

Coloque a tua vontade e a tua fé em ação!
Não espere as coisas acontecerem, faça com que elas aconteçam!

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