domingo, 29 de maio de 2016

UM GIGANTE... DE AMOR!

O caminho do mundo, inúmeras vezes, mostra-se espinhento.
Lutas e desafios que acabam por nos ferir e angustiar.
Quantas vezes é impossível deter as lagrimas... nascidas do mais intimo de nós.
Mas se certas sãos as dores, também é real o balsamo para o coração.
Um doce toque de amor que nos alivia os tormentos d'alma.
Um abraço de paz, que reacende a coragem e a fé.
E este divino consolo esta no Evangelho de Luz trazido-nos pelo Cristo de Deus.
Mesmo os temporais mais tenebrosos acalmam-se perante seu poder renovador.
Quem lhe sentiu a energia espiritual, jamais foi o mesmo. E acaba por tornar-se uma torrente de bom animo, coragem e fé para os irmãos do caminho.
Como é o caso do fascinante Jeronimo Mendonça.
Grande trabalhador, palestrante e escritor espírita, que juntamente com Chico Xavier, seu amigo, trabalhou pelas causas sociais e pela divulgação da doutrina espirita. Jerônimo Mendonça, mesmo paralisado em uma cama ortopédica e cego trabalhava arduamente pelo ideal espírita e, por isso, ficou conhecido como O Gigante Deitado.
Jerônimo é um exemplo de superação e de dedicação ao seu semelhante, revelando o gigante que existem em cada um de nós.
Um certo dia um Senhor foi orientado pela irmã de Jerônimo, para que esse fosse fazer uma visita a seu irmão, e assim o fez. Quando chegou a casa ele foi convidado a entrar e, ouvindo o barulho do pessoal nos fundos da casa, para lá se dirigiu. As gargalhadas do Jerônimo sobressaíam à distância. O homem estava tão desesperado que ao ouvir os risos virou-se a D.Terezinha e disse, revoltado: - “É esse homem que ira me confortar?” Fez-se silêncio o senhor foi chamado e apresentado. – “Jerônimo, aqui está um senhor que veio de São Paulo só para conversar com você. Por certo, desejará fazê-lo sozinho”. Os jovens se retiraram, e o senhor tomou a palavra: - “Olha moço, eu era uma pessoa muito rica até uma semana atrás. Eu tinha uma fazenda com eletricidade, com todo conforto da vida moderna, até campo de aviação. Tinha tudo. Fui tão incauto, que ao fazer a venda da fazenda passei a escritura e recebi uma nota fria”. O Jerônimo estranhou o que era uma nota fria. – “Uma duplicata sem valor. Eu não tive nem condições de reclamar. O advogado falou que era perca de tempo. A minha família antes se tolerava, porque nós conversávamos por bilhetes, eu nos meus weekends, a minha esposa nos seus chás, e os filhos, iam onde queriam. Agora todos, vêm em cima de mim, me cobrando o conforto, me cobrando a fazenda; eu não resisto a essa situação. Estava na farmácia justamente comprando um remédio para dar fim à minha vida, quando apareceu um amigo, que perguntou: Para que você quer isso? Como ele sabia do negócio que eu fiz e do meu desespero, ele falou: Eu não admito que você compre esse remédio! Eu respondi: Como? Você não manda na minha vida! Aí ele me disse: Eu vou deixar, sim,você cuidar de sua vida, se você me prometer que vai conversar com o Jerônimo Mendonça, em Ituiutaba. Eu lhe dou a passagem. Ele me deu a passagem, aqui estou eu, mas acho que eu perdi tempo, porque você é uma pessoa feliz, que não sabe o que é o sofrimento alheio”.
O Jerônimo lhe respondeu:- “Meu amigo, você é uma pessoa que realmente está sofrendo. Você perdeu uma fazenda maravilhosa, mas vamos supor que essa criatura que lhe comprou a fazenda voltasse agora e lhe perguntasse: “Você quer trocar a fazenda por um olho seu?”
-“Ah! Jerônimo, que bobagem é essa, isso é conversa que se fale!”
- “Não, o olho não, o olho é muito precioso, então vamos supor... Um braço”.
- “Ah! Mas que bobagem! Que conversa! Onde já se viu isso?”
-“Oh meu amigo! Eu cheguei à conclusão que você não é pobre, você não é miserável. Você é arquimilionário das bênçãos de Deus.
O homem ao sair dali mudou seu modo de pensar, sempre que podia voltava para trocar idéias com Jerônimo, e acabou se tornando um trabalhador da seara espírita”.
Que todos nós, pelas sendas do mundo, não nos esqueçamos que somos também ricos de bençãos, e por mais escura esteja sendo a estrada, não duvidemos... não tarda a amanhecer!

"Senhor! Ensina-me a ser, enfim, como sou, onde estiver, com quem estiver, um pequeno reflexo do teu infinito amor!"
(Jerônimo Mendonça)


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