sábado, 28 de maio de 2016

EM BUSCA DE SENTIDO

Refletindo sobre as dores humanas e o potencial divino que todos possuímos, me veio ao pensamento um dos humanistas mais extraordinários da historia.
Viktor Frankl (1905 -1997) foi um psiquiatra judeu e austríaco perseguido pelos Nazistas na Segunda Guerra Mundial e que passou cerca de 2 anos em um campo de concentração em Dachau, na Alemanha, e Auschwitz, na Polônia.
Frankl, após a libertação em 1945, escreveu uma de suas mais famosas obras, “Em busca de Sentido – Um Psicólogo no Campo de Concentração”[1946] na qual ele retrata, através de uma análise psicológica, a situação dos prisioneiros no Campo de Concentração. O interessante da obra é que ela sai do padrão história do holocausto, pois o autor explora questões psicológicas como: “O que os presos no Campo de Concentração mais sonham a respeito?”, “Quais as necessidades mais importantes para eles enquanto estão no Campo?”, “Como lidam com as circunstâncias extremas que tal ambiente impõem a eles e quais os efeitos psicológicos imediatos e tardios dessas circunstâncias?”entre tantas outras perguntas que muitas pessoas se fazem quando estudam a respeito do Holocausto Nazista.
Frankl não tinha interessa em colocar seu nome na capa da obra, pois não queria ganhar dinheiro com ela; queria apenas divulgar suas impressões e experiências no campo de concentração.
Frankl não só publicou sua obra com suas experiências sobre a vida no campo de concentração, como também fundou uma escola de psicologia – a logoterapia, conhecida como a terceira escola vienense de psicoterapia ( a primeira foi a psicanálise com Freud, e a segunda  foi a Psicologia Individual com Adler, discípulo de Freud).
De acordo com a logoterapia, o ser humano não está completamente sujeito aos seus condicionamentos, mas possui a condição de decidir em face às questões interna (psicológicas) e externas (biológicas e sociais). Liberdade, segundo Frankl, é definida como o espaço da vida de alguém dentro dos limites das possibilidades dadas. Ou seja: mesmo que não se possa mudar as circunstâncias (como estar em um campo de concentração, por exemplo), ainda assim, somos capazes de decidir como reagiremos, como seguiremos em frente, diante dessas circunstâncias. Frankl quer saber: como podemos seguir em frente apesar das condições que afetam atualmente nossas vidas?
Viktor Frankl fala a respeito do indivíduo buscar significado em tudo que vive, em suas experiências, boas ou não. Questionado uma vez muito tempo após sua libertação, a respeito do das limitações fisiológicas do ser humano, ele respondeu: “É verdade. Como professor de neurofisiologia e psiquiatra, compreendo muito bem as limitações fisiológicas do ser humano. Porém, como sobrevivente de um campo de concentração, sei também de tudo que o ser humano pode realizar, apesar as circunstâncias extremas.”
Em verdade, por mais atrozes sejam as lutas que atravessemos, ha em nós algo de fantástico que nos permite vencermos nossas limitações e seguirmos adiante. Como no exemplo de Viktor Frankl, embora as situações difíceis que vivenciamos, podemos escolher o melhor, erguer a fronte, encontrarmos um sentido maior e construirmos nossa autorrealização.
Nós somos mais do que os olhos veem. Allan Kardec, indagando da natureza do ser, questiona em O Livro dos EspíritosComo podemos definir os Espíritos?
E eles lhe respondem: "Podemos dizer que os Espíritos são os seres inteligentes da criação. Eles povoam o Universo, além do mundo material".
Vamos além, muito além, do que se possa imaginar. Somos os seres inteligentes da criação e com potencial de transformarmos nossa Vida para sempre. Recordemos a exortação do Divino Rabi: "Vós sois deuses..." Não duvidemos e, enfrentando de frente nossos problemas, sejamos os vitoriosos ao final!






Everybody Hurts - R.E.M.

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